Ananindeua (PA) — Um crime brutal abalou a comunidade do bairro Icuí, na Região Metropolitana de Belém, na noite da última quarta-feira (28). O corpo de Josué Barros, de 38 anos, foi encontrado sem vida na estrada da COPEM, uma via de tráfego moderado da localidade. A vítima, conhecida na região por ser dono de uma barbearia e por sua recente candidatura a vereador de Ananindeua pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), apresentava sinais de violência física, mas sem marcas de perfurações por arma de fogo ou objetos cortantes.

Segundo informações preliminares repassadas pelas autoridades, o corpo de Josué apresentava hematomas significativos na região da cabeça, sugerindo que ele tenha sido brutalmente espancado antes de morrer. A hipótese inicial é de que o assassinato tenha características de execução, embora ainda não haja confirmação oficial sobre a motivação do crime.

De acordo com relatos colhidos pela Polícia Militar, Josué estava em seu local de trabalho, uma barbearia bastante conhecida na região, quando foi abordado por um grupo de homens. Os suspeitos teriam se apresentado como interessados na compra de um terreno supostamente à venda. Mesmo tendo informado que não poderia atendê-los naquele momento, por estar ocupado, Josué foi levado à força, em plena luz do dia, no próprio carro. Horas depois, seu corpo foi encontrado.

A Polícia Civil do Pará abriu inquérito para investigar o caso e solicitou as imagens das câmeras de segurança instaladas nos arredores da barbearia e da estrada onde o corpo foi deixado. A principal linha de investigação, por ora, é a de sequestro seguido de homicídio, mas a polícia também apura se o crime pode ter tido motivação política, em razão do histórico público da vítima.

Josué Barros era casado e pai de dois filhos. Amigos e familiares relataram que ele era uma pessoa tranquila, trabalhadora e que nutria sonhos de promover melhorias para a cidade por meio da política. Sua candidatura a vereador em 2024, pelo PSB, embora não tenha resultado em vitória nas urnas, lhe rendeu visibilidade local.

A morte de Josué gerou comoção entre moradores, colegas de trabalho e integrantes da legenda partidária, que cobraram justiça e rapidez na elucidação do crime.

O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) para exames mais detalhados que possam confirmar a causa da morte e auxiliar nas investigações. Até o momento, nenhum suspeito foi preso.

A polícia pede que qualquer informação que possa ajudar na identificação dos envolvidos seja repassada de forma anônima pelo Disque-Denúncia (181).