Suspeito de mandar matar missionário no Amapá é preso durante fiscalização no rio Tajapuru, no Marajó
- Categoria: POLÍCIA
- Publicação: 23/05/2025 07:45

Uma operação integrada da Base Fluvial Antônio Lemos, localizada no rio Tajapuru, região do Marajó, resultou na prisão de Michel Cardoso, conhecido como "Cheiroso", apontado como um dos mandantes do assassinato do missionário Márcio Souza Silva, ocorrido em 2024, em Macapá (AP). A captura foi realizada na quarta-feira (21), durante uma abordagem a uma embarcação que seguia rumo a Belém (PA).
De acordo com as autoridades, a prisão foi possível após denúncia anônima informar que o suspeito estaria a bordo do barco “Ana Marques”, que partiu de Macapá. Contra ele, havia um mandado de prisão em aberto.
Durante a ação, Michel tentou se esconder na embarcação, mas foi localizado e detido. Com ele, os agentes apreenderam um telefone celular. Após a prisão, ele foi encaminhado à Base Antônio Lemos e, posteriormente, conduzido à Superintendência da Polícia Civil em Breves.
O secretário de Segurança Pública e Defesa Social do Pará, Ualame Machado, destacou a importância estratégica da base fluvial. “A prisão realizada pela Base Fluvial Antônio Lemos evidencia o impacto positivo do investimento em infraestrutura e capacitação policial. Essas ações são fundamentais para garantir a segurança das comunidades ribeirinhas e coibir crimes como tráfico de drogas, pesca ilegal, desmatamento e, como neste caso, a captura de criminosos foragidos”, afirmou.
O caso
Michel Cardoso e Ana Maria Cardoso são investigados como mandantes do homicídio do missionário evangélico Márcio Souza Silva, de 49 anos, assassinado no dia 22 de outubro de 2024, no bairro Muca, zona sul de Macapá. De acordo com a Polícia Civil do Amapá, o crime foi encomendado a dois executores, um dos quais foi preso em flagrante no dia seguinte ao assassinato e confessou participação no crime, alegando que o cometeu para quitar uma dívida de drogas.
Márcio Souza era ativo em trabalhos sociais e religiosos em comunidades carentes e cursava o ensino técnico no Instituto Federal do Amapá (IFAP). Segundo as investigações, ele teria se tornado alvo dos criminosos por se opor ao tráfico de entorpecentes na região onde atuava.
A prisão de Michel representa um avanço nas investigações e reforça a atuação integrada das forças de segurança na repressão ao crime na Amazônia Legal.
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