CPI das Bets aprova convocação de Carlinhos Maia e quebra de sigilo financeiro de Virgínia Fonseca e Rico Melquiades
- Categoria: POLÍTICA
- Publicação: 22/05/2025 07:54

Brasília – A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Apostas Esportivas, conhecida como CPI das Bets, aprovou nesta quarta-feira (21) a convocação do influenciador digital Carlinhos Maia para prestar depoimento como testemunha. A iniciativa, proposta pela relatora da comissão, senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), tem como objetivo apurar a relação do influenciador com plataformas de apostas online.
Com mais de 34 milhões de seguidores nas redes sociais, Carlinhos Maia figura entre os maiores nomes da internet no Brasil. O requerimento destaca a influência significativa que o influenciador exerce, especialmente sobre públicos considerados vulneráveis, como adolescentes e jovens adultos.
“Diante da abrangência de sua influência, torna-se imprescindível compreender os termos e a natureza dessas relações contratuais, bem como os critérios éticos e legais adotados para a divulgação desses conteúdos”, afirmou Thronicke no documento aprovado. Até o momento, não foi definida a data em que Maia prestará depoimento à comissão.
Foco em finanças: Virgínia e Rico na mira do COAF
Além da convocação de Carlinhos Maia, a CPI também aprovou, na mesma sessão, pedidos para que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) elabore Relatórios de Inteligência Financeira (RIFs) envolvendo os influenciadores Virgínia Fonseca e Rico Melquíades, que já foram ouvidos pela comissão anteriormente.
O relatório relacionado a Virgínia Fonseca, uma das influenciadoras mais populares do país, deve aprofundar a análise de sua participação em campanhas publicitárias para casas de apostas. Segundo o requerimento, também assinado por Thronicke, é preciso "esclarecer o papel dos influenciadores digitais, como Virgínia Fonseca, na promoção de jogos de azar, bem como avaliar a necessidade de uma regulamentação mais rigorosa nesse setor".
“O Relatório de Inteligência Financeira será de fundamental importância para o andamento das investigações sobre a promoção de apostas online no Brasil, contribuindo para o esclarecimento da atuação dos influenciadores digitais neste mercado”, afirma o documento.
Em relação a Rico Melquíades, ex-participante de reality shows e figura popular nas redes sociais, o pedido do RIF aponta que sua atuação é “um dos pontos centrais para a compreensão do papel da publicidade digital na disseminação desse tipo de conteúdo”.
Influência digital e lacunas na legislação
A CPI das Bets foi criada para investigar irregularidades no setor de apostas esportivas, com foco especial na atuação de plataformas digitais e influenciadores que promovem esses serviços. As investigações já levantaram preocupações sobre a falta de regulamentação específica para o setor e os potenciais riscos à integridade esportiva e à proteção de consumidores, principalmente os mais jovens.
Segundo especialistas ouvidos em sessões anteriores da comissão, a promoção de apostas por figuras públicas nas redes sociais, muitas vezes sem a devida transparência quanto à natureza comercial desses conteúdos, representa um desafio ético e jurídico para o ambiente digital no Brasil.
A CPI também avalia a existência de possíveis conflitos de interesse e omissões legais na publicidade de jogos de azar, setor que movimenta bilhões de reais anualmente e cuja regulação ainda caminha de forma lenta no Congresso Nacional.
Com mais de 34 milhões de seguidores nas redes sociais, Carlinhos Maia figura entre os maiores nomes da internet no Brasil. O requerimento destaca a influência significativa que o influenciador exerce, especialmente sobre públicos considerados vulneráveis, como adolescentes e jovens adultos.
“Diante da abrangência de sua influência, torna-se imprescindível compreender os termos e a natureza dessas relações contratuais, bem como os critérios éticos e legais adotados para a divulgação desses conteúdos”, afirmou Thronicke no documento aprovado. Até o momento, não foi definida a data em que Maia prestará depoimento à comissão.
Foco em finanças: Virgínia e Rico na mira do COAF
Além da convocação de Carlinhos Maia, a CPI também aprovou, na mesma sessão, pedidos para que o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) elabore Relatórios de Inteligência Financeira (RIFs) envolvendo os influenciadores Virgínia Fonseca e Rico Melquíades, que já foram ouvidos pela comissão anteriormente.
O relatório relacionado a Virgínia Fonseca, uma das influenciadoras mais populares do país, deve aprofundar a análise de sua participação em campanhas publicitárias para casas de apostas. Segundo o requerimento, também assinado por Thronicke, é preciso "esclarecer o papel dos influenciadores digitais, como Virgínia Fonseca, na promoção de jogos de azar, bem como avaliar a necessidade de uma regulamentação mais rigorosa nesse setor".
“O Relatório de Inteligência Financeira será de fundamental importância para o andamento das investigações sobre a promoção de apostas online no Brasil, contribuindo para o esclarecimento da atuação dos influenciadores digitais neste mercado”, afirma o documento.
Em relação a Rico Melquíades, ex-participante de reality shows e figura popular nas redes sociais, o pedido do RIF aponta que sua atuação é “um dos pontos centrais para a compreensão do papel da publicidade digital na disseminação desse tipo de conteúdo”.
Influência digital e lacunas na legislação
A CPI das Bets foi criada para investigar irregularidades no setor de apostas esportivas, com foco especial na atuação de plataformas digitais e influenciadores que promovem esses serviços. As investigações já levantaram preocupações sobre a falta de regulamentação específica para o setor e os potenciais riscos à integridade esportiva e à proteção de consumidores, principalmente os mais jovens.
Segundo especialistas ouvidos em sessões anteriores da comissão, a promoção de apostas por figuras públicas nas redes sociais, muitas vezes sem a devida transparência quanto à natureza comercial desses conteúdos, representa um desafio ético e jurídico para o ambiente digital no Brasil.
A CPI também avalia a existência de possíveis conflitos de interesse e omissões legais na publicidade de jogos de azar, setor que movimenta bilhões de reais anualmente e cuja regulação ainda caminha de forma lenta no Congresso Nacional.
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