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"Clássico das Emoções: Remo Vence nos Pênaltis e Levanta a Taça do Parazão"

  • Categoria: ESPORTE
  • Publicação: 12/05/2025 08:11
Remo conquista o Parazão em final eletrizante contra o Paysandu e encerra jejum de títulos

Remo e Paysandu protagonizaram mais uma vez uma final à altura de suas tradições centenárias, escrevendo um novo capítulo na história do clássico Re-Pa. Em um duelo marcado por emoção do início ao fim, o Leão Azul, mesmo derrotado por 1 a 0 no tempo regulamentar, superou o maior rival na disputa por pênaltis, vencendo por 6 a 5 e conquistando seu 48º título do Campeonato Paraense. A vitória também encerrou um incômodo jejum de três anos sem levantar a taça estadual.

A partida começou em alta intensidade, como já era esperado por torcedores e especialistas. Com muita movimentação e trocas de passes rápidas, o clássico logo mostrou que seria decidido nos detalhes. O primeiro grande susto veio logo aos três minutos, quando Vilela, em sobra na intermediária, acertou um forte chute em direção ao gol azulino. O goleiro Rangel, atento, se esticou para espalmar a bola e salvar o Remo, mandando para escanteio.

A resposta azulina veio aos 23 minutos. Em jogada aérea, Pedro Rocha apareceu com perigo dentro da pequena área e cabeceou com força. O goleiro Matheus Nogueira fez uma defesa espetacular, com apenas uma das mãos, impedindo o que seria o primeiro gol do Remo e arrancando aplausos até de torcedores adversários. A tensão aumentava a cada lance.

Aos 33 minutos, o técnico Daniel Paulista foi forçado a fazer uma substituição precoce: Janderson, lesionado, deixou o campo, e Kadu entrou em seu lugar. A mudança gerou dúvidas na arquibancada, principalmente por seu impacto tático, mas o time azulino conseguiu manter o equilíbrio em campo.

Nos minutos finais do primeiro tempo, Pedro Rocha ainda teve mais uma chance clara, mas esbarrou novamente em Matheus Nogueira, que seguia em noite inspirada. Apesar das oportunidades criadas por ambos os lados, o primeiro tempo terminou empatado, sem alteração no placar, refletindo o equilíbrio e a tensão típicos de uma decisão.

Na segunda etapa, o Paysandu encontrou seu gol aos 17 minutos, após insistência no campo de ataque. O resultado igualava o placar agregado em 3 a 3, já que o Remo havia vencido o jogo de ida por 2 a 1. Com a igualdade no somatório dos dois confrontos, o campeão seria decidido nos pênaltis.

Disputa de pênaltis: coração na boca e final apoteótico

Na marca da cal, a tensão foi elevada ao máximo. Bryan Borges abriu a série para o Paysandu e converteu. Na sequência, Pedro Castro bateu para o Remo, mas Matheus Nogueira defendeu, colocando o Papão em vantagem. Benítez desperdiçou a segunda cobrança bicolor, e Dodô empatou para o Leão.

Na terceira rodada, André Lima recolocou o Paysandu na frente, mas Pedro Rocha converteu novamente e deixou tudo igual: 2 a 2. Na quarta série, Vilela fez para o Paysandu, e Alvariño respondeu para o Remo. Giovanni marcou o quarto do bicolor, e Adaílton manteve o equilíbrio. Com o placar em 4 a 4, a decisão foi para as alternadas.

Quintana converteu o quinto pênalti para o Paysandu, e Marcelinho manteve o Leão vivo, empatando mais uma vez. Na sétima cobrança, Dudu Vieira desperdiçou para o bicolor, e coube a Reynaldo a responsabilidade de fechar a série. Com frieza, ele bateu com precisão e garantiu a vitória azulina por 6 a 5.

A explosão da torcida azulina nas arquibancadas foi imediata. O apito final selou a conquista do 48º título estadual do Clube do Remo, que voltou a levantar a taça após três anos de jejum. Mais do que um título, a vitória representa um alívio e um marco de superação para o clube, que soube suportar a pressão, confiar em sua base e escrever mais uma página vitoriosa em sua gloriosa história.