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Facção que planejava matar policiais é desarticulada no Pará com sete presos

  • Categoria: POLÍCIA
  • Publicação: 09/05/2025 09:17
Polícia Civil do Pará amplia cerco contra facção que ameaçava agentes de segurança

A Polícia Civil do Pará reforçou nesta quarta-feira (7) sua ofensiva contra o crime organizado com a segunda etapa da operação “Arcanjo”, coordenada pelo Núcleo de Inteligência Policial (NIP). A ação resultou na prisão de sete suspeitos apontados como chefes de uma facção criminosa atuante no município de Inhangapi, nordeste do estado.

De acordo com a apuração das autoridades, os investigados estariam envolvidos na elaboração de ataques contra servidores públicos da área de segurança — especificamente, um investigador da Polícia Civil e um sargento da Polícia Militar que trabalham na região. A gravidade das ameaças impulsionou a operação, que teve abrangência nacional.

Os mandados judiciais foram cumpridos simultaneamente em quatro municípios paraenses — Ananindeua, Barcarena, Castanhal e Inhangapi — além de localidades em outros dois estados: Blumenau (SC), Centro do Guilherme (MA) e São Luís (MA). Para garantir a efetividade das prisões, a operação contou com a cooperação das Polícias Civis do Maranhão e de Santa Catarina, além da atuação conjunta de unidades especializadas, como os Núcleos de Apoio à Investigação (NAIs) de Abaetetuba, Castanhal e Capanema, e da 12ª Seccional Urbana de Polícia Civil.

“O grupo preso hoje era altamente estruturado e representava ameaça direta à vida de servidores públicos. Esta é uma resposta firme da segurança pública às tentativas de intimidação por parte do crime organizado”, destacou o delegado Gabriel Batista, diretor do NIP.

Durante os desdobramentos da operação, um dos alvos foi capturado em flagrante na cidade de Castanhal, portando drogas e materiais que indicam envolvimento com o tráfico. Todo o material foi apreendido e será analisado pelas autoridades competentes.

A delegada Marcela Brilhante, responsável pelo NAI de Castanhal, chamou atenção para o perfil dos detidos: “Estamos falando de criminosos com extensa ficha criminal, incluindo tráfico de entorpecentes e vínculo direto com organizações criminosas. A retirada dessas lideranças das ruas representa um passo importante na proteção da população e dos profissionais que atuam na linha de frente contra o crime”.

Todos os presos foram apresentados à Justiça e, após os procedimentos legais, transferidos ao sistema prisional, onde permanecem à disposição.

Vale lembrar que a primeira fase da operação Arcanjo ocorreu em setembro de 2024, quando dois outros integrantes da mesma facção foram presos, marcando o início de um trabalho contínuo da Polícia Civil para desarticular grupos criminosos que tentam expandir sua influência no estado.